sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Vila Seca x Vila Sapo

Popularmente, até a poucos anos, a Vila Santo Antônio se denominava de Vila Seca, pelo fato de ser escassa a água para consumo. O único poço d´água se localizava em terras do primeiro morador, Leopoldo Weber, meu avó!
Por isso, são de fundamental importância a inclusão e participação dos alunos da E. M. Santo Antônio de Pádua (além da Érico Veríssimo) em campanhas ecológicas de preservação e limpeza dos arroios e nascentes que deságuam na Cascatinha.
Por outro lado, nas proximidades de onde está a Cascatinha, se denominava de Vila Sapo, devido às inúmeras vertentes que nasciam por ali. O citado manjolo foi certamente à primeira máquina industrial em operação na futura cidade, feito exclusivamente de madeira e sendo acionado pela metódica queda d´água da Cascatinha.
A primeira associação constituída na cidade de Roque Gonzales foi a da Paróquia São Roque Gonzales, em 06/01/1928, reunida em assembléia para deliberar sobre a construção da primeira capela do jovem núcleo urbano e da construção do cemitério.
Na oportunidade, toda a comunidade local era católica e um detalhe chama a atenção: dos 14 presentes signatários da reunião (que seriam as famílias a serem homenageadas na hipótese de um Memorial da Colonização), todos eram homens, chefes de família e havia apenas um que era de origem alemã, Manuel Freitas, proprietário naqueles idos do que deve ter sido a primeira padaria da cidade, na subida da Avenida Pirapó, próximo de onde hoje está o escritório da CVP!
Destas 14 famílias, algumas quase não existem mais na cidade, outras, porém, são das mais numerosas: Steffen, Mayer(2), Zimmer, Eicheberger, Spohr, Scmidt, Unfried, Weschenfelder, Horn, Tenroller, Götz, Kist, e Freitas. Para se ampliar o número de famílias da colonização, basta bsucar algumas atas, não necessariamente católicas, posteriores à janeiro de 1928!
Aliás, a Vila Sapo, ou bem ali nas proximidades, foi origem da cidade, e abrigou vários projetos de industrialização, como a marcenaria da Família Uhmann, na Rua Independência. As serrarias dos Poersch e do Fritz Hilbig, locais onde se acumulavam montanhas de serragem da madeira das toras serradas e onde a criançada cavava túneis para brincar de esconde-esconde.
A serraria do Fritz Hilbig, também industrializava carrocerias de madeira(!) para ônibus, as anos de 1940, 50...
Por João Weber Griebeler

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